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Na Essência | A vida virou somente uma exposição para vender?

Por: Júnior Chisté
18/07/2018 09:22

A felicidade é um prato vazio. Se alguém vender a felicidade, vai vender o prato, não a comida. Não dá pra vender a comida, porque quem cozinha é a própria pessoa.

Um dos meus maiores medos ao iniciar o projeto Canal da Felicidade foi a ideia de vender felicidade. Como posso ganhar dinheiro vendendo felicidade?! Fico desconfortável ao vender qualquer coisa. Sinto que, na maioria das vezes, as vendas se resumem a interesse.
Veja um conceito de marketing pessoal: se você se veste bem, se comunica bem e cuida da aparência, sua chance de sucesso é alta. Você se vende para chegar ao resultado esperado - um emprego, ganhar dinheiro ou chamar atenção do sexo oposto. Assim, parece que o mais importante é seguir o sistema que deixa de lado quem realmente somos.
O propósito do marketing, lá no fundo, é a venda. Assim como o propósito do capitalismo é o lucro. As empresas precisam gerar lucro, não felicidade. Não importa quão linda é a marca, o design do produto ou o ambiente da empresa, é preciso manter-se no azul.
Praticamente todas as empresas e pessoas fazem isso. Eu também.
Nos meus textos, vídeos e workshops eu faço marketing. Esse texto é uma ação de marketing. Eu espero me comunicar com o meu público, com você. Eu tento buscar quais são os seus medos e desejos. Eu imagino como é o seu estilo de vida. Desse modo, posso transmitir a mensagem que quero passar da maneira mais autêntica.

Uma coisa é certa: eu não vendo felicidade
Sempre quis deixar isso claro. O objetivo de realizar um treinamento, uma palestra que realmente transforma as pessoas para muito melhor é embasada em experimentos, não simplesmente para que cada sujeito diga, vou lá, vou falar um monte de adjetivos e verbos belíssimos e as pessoas sairão de lá felizes, isso é charlatanismo. Acredito que a felicidade (bem-estar social) é questão de política pública. Pessoas mais felizes tendem a ser mais tranquilas, mais conectadas com o trabalho, mais produtivas, menos estressadas e menos depressivas. Mas tem que se saber como verdadeiramente ENTREGAR isso!
O ponto aqui é a reflexão. A felicidade pode ser comprada em qualquer loja, mas você decide o que é essencial para ser feliz. Talvez não há solução para as vendas, mas possa existir mais resistência e consciência nas compras. Um "não" pode significar um sinal para uma vida feliz.
Ao final do dia, sua mente é o único supermercado para encontrar a felicidade. Basta gerenciar a demanda e o estoque de produtos felizes. Ser feliz é mudar todos os dias, mas conscientemente, saber verdadeiramente o que se está fazendo e para onde se quer chegar, ter um propósito de vida!

É muito fácil fazer pessoas rirem, cantarem e dançarem com você. É muito fácil falar frases feitas e bonitas. O interessante é fazer com que as pessoas mudem o jeito de interpretar a vida, e que a neuroplasticidade realmente possa ocorrer quando o conhecimento surja de forma subjetiva em cada cidadão que realmente está disposto a buscar em si um lugar melhor pra se viver.


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